Representantes da Secretaria da Educação (Seduc) participaram da Formação em Educação para as Relações Étnico-Raciais, evento promovido pela Associação Bem Comum, realizado nesta terça-feira (11/6), no auditório do Quality Hotel & Suites São Salvador, na capital baiana. Durante o evento, que reuniu representantes de mais oito municípios baianos, houve reflexões pertinentes sobre o enfrentamento ao racismo e a garantia do direito à aprendizagem, a partir da experiência exitosa da Escola Afro-Brasileira Maria Felipa, entidade parceria da ação.
Na oportunidade, a titular da Seduc, Neurilene Martins, compartilhou os movimentos inclusivos instaurados na Rede Pública Municipal de Ensino Camaçari, na perspectiva da instauração de uma educação antirracista nas escolas. “Esse é um movimento que perpassa pela formação do professor, pela revisão do referencial curricular, pela concepção de sequências didáticas pautadas na equidade, na empatia, e na diversidade. Estamos vivenciando essas práticas no nosso município, e participar dessa formação nos inspira a seguir ofertando educação pública com propósito social”.
Um dos pontos altos do encontro formativo foi a palestra “Como se tornar um educador antirracista”, proferida pela professora doutora Bárbara Carine Pinheiro, sócia-fundadora da Escola Afro-Brasileira Maria Felipa – a primeira instituição de ensino registrada como afro-brasileira no país. “Aqui vamos falar de teoria e de prática, de pensar e repensar a escola, de aspectos conceituais da perspectiva antirracista, das experiências como professora e como idealizadora de uma escola afro-brasileira e sua pedagogia”, resumiu.
O assessor da Coordenação Executiva da Associação Bem Comum, João Pedro Martins, destacou a importância das reflexões propostas no encontro para fortalecer as políticas antirracistas. “Através da formação e dessa parceria, outros municípios vão conhecer mais sobre a experiência voltada para o fortalecimento das relações étnico-raciais, da autoestima da população negra, e da garantia das aprendizagens dos estudantes. É uma oportunidade de aprofundar a discussão e as práticas”, explicou.
Além da palestra, a programação do evento também reservou espaço e tempo para o compartilhamento das experiências dos nove municípios participantes – Camaçari, Feira de Santana, Alagoinhas, Simões Filho, Mata de São João, Vitória da Conquista, Porto Seguro, Guanambi e Salvador.
A superintendente de Ensino e Apoio Pedagógico da Secretaria de Educação de Guanambi, Eliene Marcia Fernandes, evidenciou a relevância desse momento de troca. “É essencial que a temática das relações étnico-raciais esteja presente na escola. E estar aqui, integrando esse debate, agrega experiências que vão se desdobrar em novas ações de promoção da equidade no nosso município”, observou.
Representando Camaçari, também participaram da formação a diretora pedagógica, Hosana Gonçalves; as coordenadoras de Currículo e Inovações Tecnológicas, Yuri Watanabe; de Avaliação e Acompanhamento Escolar, Dinah Moreira; e de Gestão Escolar, Patrícia Araújo; além dos técnicos do Núcleo de Educação Antirracista, Carla Pita, Edmário Ferreira, Kelly Fernandes e Lilian Gonzaga.
A Lyceum Consultoria Educacional, a Associação Nova Escola, e a Motriz também estiveram presentes.
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