O ex-ministro da Cidadania Osmar Terra voltou a negar nesta terça-feira (22), na CPI da Covid, que tenha participado do suposto "gabinete paralelo" de aconselhamento ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para enfrentar a pandemia de covid-19.
"Todos os presidentes da República podem conversar com alguém quem eles confiam, alguém que eles tenham relação e perguntar. Eu tive muito mais contato em um ano com o presidente Michel Temer do que com o presidente Bolsonaro", disse.
Terra é apontado por senadores independentes e oposicionistas – que são maioria na comissão – como um dos integrantes de um grupo que teria defendido o tratamento precoce contra a covid-19 e a imunidade de rebanho para solucionar a crise. Este gabinete, ainda de acordo com a a linha de investigação, teria tirado a autonomia de ministros da Saúde já demitidos da gestão Bolsonaro.
O ex-deputado também falou de reunião entre ele, o presidente Bolsonaro e outros médicos, que foi divulgada recentemente no âmbito das investigações como mais uma prova da existência do gabinete paralelo.
O encontro ocorreu em 8 de setembro e, além de Terra, contou com a participação da imunologista Nise Yamaguchi, o virologista Paolo Zanotto e outros profissionais da saúde.
Nas imagens, é possível ver o virologista Paolo Zanotto aconselhando Bolsonaro a tomar “extremo cuidado” com as vacinas contra a covid-19. “Não tem condição de qualquer vacina estar realisticamente na fase 3”, disse. Na sequência, Zanoto afirma que acredita “que a gente tem que ter vacina, ou talvez não”.
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